O grande aumento no número de moradores de rua em nossas Capitais exige atenção e soluções bem mais criativas por parte dos nossos gestores públicos. A criação de repúblicas, que substituiriam os abrigos tradicionais, são apenas um paliativo, pois tais instituições abrigariam apenas um pequeno número de pessoas.
O que nossas grandes cidades necessitam são ações mais abrangentes e duradouras, que encaminhem cidadãos em dificuldade para uma recuperação efetiva, livrando-os do estado de degradação em que se encontram.
Um levantamento realizado pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), demonstra um crescimento de 11,97% nos últimos quatro anos, no número de pessoas vivendo nas ruas, cuja preferência é por bairros onde é mais fácil mendigar e que contam com uma estrutura razoável de serviços públicos.
Grande parte dessas pessoas preferem passar o dia nas proximidades de albergues. Um aspecto preocupante nessa área é que, se todas as pessoas em situação de risco nas Capitais resolvessem ao mesmo tempo buscar acolhida em albergues, nos quais só é possível dormir, e em abrigos, nos quais podem morar, faltariam vagas.
Pesquisas como a aplicada pela Fasc não podem servir apenas para mostrar onde e quem está nas ruas. É importante que ajudem a explicar também o que leva um contingente cada vez maior de pessoas a viver no relento.
Por tudo isso, é preciso ousar nas providências, incluindo tratamento para quem está preso ao alcoolismo e as drogas. E criar alternativas que possam assegurar uma vida mais digna, incluindo oportunidades de trabalho remunerado.
Fiquem com Deus e tenham uma ótima semana. Um grande abraço, Alex.