Os cães convivem com o ser humano há milhares de anos, por segurança e comida, mas, acima de tudo, por uma relação de afeto. A alma de lobo cedeu lugar ao espírito companheiro e, logo, tornou-se o melhor amigo do homem.
Neste longo caminho, o homem aprendeu como escolher o seu amigo. O tamanho, a cor, o focinho, a mordida, a velocidade, a força...
Atualmente, tornou-se um membro da família em grande parte das casas, seja por proporcionar segurança ou por companheirismo. E, por interferência do homem, há uma infinidade de raças, que faz a alegria de um mercado que cresce a cada dia.
Infelizmente, neste relacionamento nem tudo são flores. A morte de uma criança por um cão é uma tragédia familiar e social. E é claro que esses casos, obviamente, estão relacionados com raças mais agressivas e animais de maior porte. E que acontecem por falta de devidos cuidados. Penso que os únicos isentos de culpa são a vitima, em sua inocência e fragilidade, e o cão sacrificado, que agiu sob o seu instinto.
Nós desrespeitamos a natureza, tentamos dominá-la. A seleção genética artificial ocorre a toda sorte de critérios. Manipulamos para ter cães mais ferozes, pequenos, nariz achatado, olhos assim, orelhas diferentes, coloridos até. O consumismo no mundo pet!
O resultado disto? Uma infinidade de distúrbios físicos e comportamentais. O treinamento é difícil e exige habilidade. As pessoas têm um cão como um brinquedo. Assim, o infortúnio é, acima de tudo, o resultado de como tratamos e nos relacionamos com a natureza.
É necessário que saibamos que as pessoas continuarão morrendo soterradas em morros ou levadas pelas águas, os cavalos dando coices, os touros chifradas, os mosquitos picando e os cães mordendo... Cabe a nós aprendermos a usar o conhecimento e respeitarmos os limites da natureza.
Fiquem com Deus, tenham uma ótima semana e um grande abraço, Alex.
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