Cobramos dos nossos governantes o direito de gozar de uma segurança, pessoal e coletiva, que nos permita circular em ambientes urbanos ou nas vizinhanças de nossa moradia. Por certo somos credores destes direitos, em parte como recíproca compensação à pesada carga de impostos à que somos submetidos, sem que tenhamos retornos sociais à altura.
Fora a nossa clara realidade, gozamos também de deveres, dentre eles éticos, morais e até jurídicos, de não contribuir para a violência, como patrocinar e promover contendas, brigas, agressividade, lesões e mortes. Jurídicas, porque deveríamos viver todos, sob o domínio da lei e, no entanto, a justiça, para muitos, corre paralela, própria e executória, ou seja, sem nenhum julgamento.
Nossa abstenção à diversos conceitos, como religiosos, morais, cívicos e familiares, em muito altera, prejudica e distorce valores (quando não os anula por completo), usando de força, chantagem, ameaça, violência física, quando não atenta contra a vida de possíveis desafetos, ex-cônjuge, amantes, devedores, Ricardões, companheiras, entre outros. Nossa negligência jurídica não pára por aí. Somos igualmente imaturos e até irresponsáveis, quando colocamos nossa vida e da dos outros em risco, quando em altas velocidades (seja no trânsito ou nas estradas).
Para alguns, a vida parece ter perdido sentido e valor, visto que o ato de tirar a vida dos outros, têm se tornado quase uma rotina em todos os cantos da cidade, tendo como alegações e justificativas (se é que existe), as mais estapafúrdias e banais possíveis, aos olhares daqueles que não conseguem entender a facilidade com que alguém possa agredir, torturar, violentar e matar outras pessoas, por razões pessoais, rinhas, rixas esportivas, preconceitos raciais, de homofobia ou religiosos.
Contra tudo isso é muito difícil realmente o poder público poder intervir ou prevenir, pois é como uma praga que se espalha rapidamente, nos quatro cantos do estado e do país. A polícia já tem preocupações demais com bandidos, marginais, traficantes, tráfico de armas, importação de novas drogas (como o OXI), que é, mais um derivado do crack, porém com novas substâncias, como cal virgem e querosene, para aumentar ainda mais o poder de dependência imediata.
Estas “inovações” nos dão um claro sinal de que a repressão ao tráfico de drogas, anda à passos de tartaruga ou de uma lesma, porque o tráfico não descansa; não se deprime, quando são apreendidas grandes quantidades de drogas ou armas. Para a polícia entrar no complexo do alemão (e outros morros) sem nenhuma resistência, é porque o tráfico já devia estar preparado, desde as primeiras UPP’s, para concentrar seus centros de preparo e distribuição de drogas em outros pontos.
Mas voltando ao nosso assunto, muito pode ser feito para se aumentar a nossa segurança e que tais medidas depende mais do próprio cidadão do que do Estado. A primeira grande medida é de querer viver e nisso implica não provocar ninguém com vara curta, pois nunca saberemos de que forma virão as recíprocas reações; veículos urbanos não são carros de corrida; Motocicletas só são visíveis quando debaixo de caminhões e ônibus; levar “desaforo” pra casa pode salvar a tua vida e a dos outros.
Enfim, somos pelo o que somos; colhemos aquilo que plantamos. Então porque pedimos justiça por aqueles que buscam a morte ? Não adianta ficar culpando ninguém por erros que só cabe à nós corrigir e implementar. São as nossas limitações culturais e de discernimento, que nos levam à cometer violência, tanto física quanto moral; Pedofilia, o mesmo acontece com o Bullying e muitos ainda lavam as mãos, atribuindo aos outros (colégios) a própria responsabilidade, que é a de instruir, educar e disciplinar os filhos, para que não venham à ser vítimas ou autores de tortura psicológica.
Eu poderia, ficar aqui apenas enumerando formas de se prevenir violência, mas isso cabe à cada um, pois a responsabilidade cívica, ética e moral, é de todos. Fiquem com Deus, uma ótima semana e um grande abraço ,Alex .
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