Depois de alguns anos indo e vindo levando pessoas para cima e para baixo em meu táxi venho à pensar como atualmente muitas pessoas reclamam em estar sós: "O que há de errado comigo que não arrumo companhia? Estou procurando há tempos alguém íntegro, de caráter, honesto e verdadeiro e veja só o que me aparece... um pior do que o outro!", reclamam os solitários.
Certamente, todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos sentimos solitários, e sentindo falta de alguém ou de um amor que se foi. Isso é normal, somos humanos, mas, neste momento, me refiro "aos solitários de carteirinha", aqueles(as) que passam parte de suas vidas em amarguras, sofrimentos, tristezas, melancolias e profundas dores emocionais. Elegeram a solidão como justificativa para sua vida não andar ou não estabelecer vínculo com outras pessoas, ficam presos a determinados quadros emocionais, e têm, nessa vida, uma ótima oportunidade de cura se assim o desejarem.
De fato, os seres humanos não nasceram para viverem sós. Nós somos seres comunitários, precisamos da companhia, do carinho, da proteção, da amizade, do compartilhar. É no troca a troca dentro das relações, que desenvolvemos competência para interagir, pois na vida humana o que nos diferencia dos nossos irmãos animais são os processos de aprendizado estabelecidos na relação com o nosso semelhante. O pior tipo de solidão é aquela que mesmo em companhia de pessoas queridas, sentimos o vazio, a falta de alguém ou algo.
Assim, todos os solitários que sofrem por este motivo, estão cometendo um enorme equívoco: "não olhar sua relação consigo mesmos". Estão buscando fora, aquilo que deveriam buscar dentro. A experiência humana nos dá oportunidade, através do apoio do outro, do me reconhecer, aprender a ficar comigo, me acolher, me aceitar, me amar, me curtir, e ter uma qualidade de vida interior mais saudável.
Solidão nada mais é que sentir falta de si mesmo. Quem assume ficar consigo pode até sentir falta de outra pessoa, mas alcança qualidade de vida à medida que se aceita, para depois entrar numa relação afetiva pronto para trocar. Quando for um adulto que consegue assumir sua vida e sua caminhada!
Solitários de plantão, permitam-me : a solidão não existe, ela é o abandono que pratico comigo mesmo. Eu tenho em mim a dose de amor correta de tudo aquilo que necessito e se me der este amor, se entender que sou eu que curo as minhas relações e não a presença do outro, de quem ainda me mantenho dependente, em pouco tempo poderei estar inteiro para viver uma gostosa relação de amor com meu próximo.
Fiquem com Deus...Uma ótima semana e um grande abraço ,Alex .
Adorei seu blog, já estou te seguindo!
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Bjs