O sonho é uma aptidão da alma que nos permite voar. Como uma menina que sonha em ser uma rainha, quando questionada responde... que imaginar ser uma rainha é mais alegre que ser uma na realidade! Essa atitude cala o adulto diante da sabedoria infantil, levando-nos a pensar o quanto iríamos melhorar se fôssemos reeducados pelas crianças.
Um exemplo vem a mente: ninguém melhor do que as crianças para nos ensinar a arte de brincar de faz de conta! Na verdade, somos menos do que sonhamos, o que não é negativo, pois o sonho é tempero indíspensável no processo criativo.
Há sonhos que, se postos em prática, podem se transformar em pesadelos. Algumas fantasias de sociedades quase perfeitas, se revelaram autoritárias e cruéis. Sonhei, como tantos, com um mundo de plena igualdade, justiça social, sem guerras, quase um paraíso. Por isso, diante das desilusões que doem, há os que se deprimem decepcionados. Já outros aprendem e se recuperam das ilusões perdidas. São os que enriquecem com novos conhecimentos tanto de si como do mundo.
Os sonhos vivem em nós, até os que se perderam no caminho. O doloroso desafio é aceitar os fracassos, sem esquecer que eles nos constituem. Suportar os dissabores nos fazem mais humildes.
Mas podemos também imaginar que existem os sonhos solidários. A solidariedade é gerada pela compaixão, pela capacidade de ver mais além de si. É a melhor resposta a uma sociedade onde crescem as competições desenfreadas. São os que não empobreceram cuidando não somente do seu jardim, ou aqueles que doam o seu próprio sangue ao próximo. São momentos em que a condição humana transcede na bondade. São luzes fraternas que aquecem e aliviam o peso da existência. É quando a luz resplandece nas trevas e o coração se transforma em paz e alegria. É quando finalmente, somos mais do que sonhamos.
Fiquem com Deus e tenham uma ótima semana. Um grande abraço, Alex.
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