sábado, 25 de junho de 2011

POR QUEM CANTAM OS PARDAIS ???




Uma reportagem investigativa realizada pela RBS TV ,mostrou uma suposta fraude na relação entre prefeituras e empresas fabricantes de controladores eletrônicos de velocidade .Por dois meses, a reportagem gravou uma série de conversas com representantes de oito empresas: duas delas do Rio Grande do Sul ,três de Curitiba (PR) ,três de São Paulo e uma de Florianópolis (SC) .

Sem saber que estavam sendo gravados ,vendedores ,gerentes e até um diretor ofereceram propinas que variaram entre 3,5% e 50% em troca de contratos com uma suposta prefeitura gaúcha. Na reportagem do programa Fantástico ,mais uma denúncia ,envolvendo a Consilux , responsável por radares no Paraná e em São Paulo ,onde o repórter se diz representante de uma prefeitura perante o diretor da empresa :"E será que todos os motoristas são iguais perante os radares? A resposta é não. É possível anular multas de apadrinhados políticos, amigos, parentes" .Perguntado se existe alguma maneira de livrar um cara desses da multa, o diretor comercial da Consilux assegura: “Tem. Você tem”. E confessa: a Consilux já anulou multas em Curitiba .Segundo ele, ninguém descobriu .

Parece que a mais organizada das facções criminosas sentiria inveja do filão que estaria perdendo (se de fato estiver) .E essa arrecadação tende a aumentar cada vez mais pois as “armadilhas” preparadas para os motoristas aumentam a cada dia ,à medida em que aumenta a ganância dos arrecadadores. 

Para os defensores dos “pardais” ,é importante lembrar que o número de acidentes de trânsito vem aumentando .A razão aparente é que motoristas conscientes ,educados ,enfim , preparados para uma atuação responsável no trânsito ,não interessam para quem só pensa em arrecadação e não tem qualquer interesse com educação .

Também no dia 15 de março, o Diário Catarinense encerra seu editorial, dizendo que:O poder público tem o dever de moralizar o uso de controladores eletrônicos de tráfego ,fazendo com que a prioridade seja reduzir o número de mortos e de acidentes com veículos ,não simplesmente a de arrecadar .A preocupação torna-se particularmente inaceitável quando o afrouxamento nos sistemas de fiscalização dá margem a uma verdadeira indústria de ganhos fáceis ,para a qual conscientização no trânsito está longe de se constituir em objetivo .

Finalmente a imprensa está denunciando essa indústria absurda de multas !! Estão começando pelo sul e via sudeste vão chegar até o norte do país ,descobrindo as mais vergonhosas falcatruas com o dinheiro público ! Por aqui ,a máfia esta sugando como vampiros o dinheiro dos motoristas incautos ,por intermédio de uma saraivada de multas indevidas ,isso tem que parar !! Quem nunca levou uma multa estranha ,ou não passou por um pardal em local totalmente incompatível com os preceitos de segurança e com limite de velocidade extremamente baixo para a via ?

Sei que existem muitos loucos por aí que colocam a vida de inocentes em risco por abuso de velocidade e de álcool ,estas pessoas tem que ser coibidas e punidas com severidade quando for o caso ! Mas, apenas esses !! Necessitamos mais decência e transparência na forma como nós contribuintes somos tratados ,como simples fontes de arrecadação ,sem termos respeitados os nossos direitos de cidadãos de uma democracia em pleno vigor ,será ?


Fiquem com Deus .Uma ótima semana e um grande abraço ,Alex .

sábado, 18 de junho de 2011

O CURIOSO CUSTO-BENEFÍCIO !!!





Costumamos ver os economistas como pessoas sisudas e previsíveis ,envoltas em números ,estatísticas e oscilações do mercado porém ,existem alguns interessantes e bem-humorados ,pelo menos um para mim – desmente o perfil .Lendo uma crônica outro dia ,descobri o escritor Robert H. Frank que fez uma abordagem divertida e inteligente de questões econômicas comuns .

Perguntas sobre a vida e o comportamento de pessoas são respondidas a partir de conceitos como custo-benefício e a lei do preço único ,as explicações são surpreendentes ,mas não se afastam da lógica do pensamento econômico. 

Por que os bares cobram pela água mas oferecem amendoins gratuitamente? Por que os ovos vermelhos são mais caros que os brancos ,embora ambos tenham o mesmo valor nutricional? Por que damos gorjetas em alguns serviços ,mas em outros não? Por que as lavanderias cobram mais caro para lavar uma blusa feminina do que uma camisa masculina? Uma das perguntas que me chamaram a atenção foi por que um acidente numa das mãos de uma rodovia provoca engarrafamento na mão oposta. 

Segundo o autor ,quando se aproximam do local do acidente os motoristas fazem um cálculo simples de custo-benefício ,concluindo que a satisfação de sua curiosidade custará apenas alguns segundos ,deixando de considerar o efeito multiplicador de milhares de decisões idênticas .Mas a explicação é perfeita “Pode parecer improvável que muitos motoristas estejam dispostos a tolerar um atraso de uma hora apenas para ver melhor um acidente .Porém, essa decisão é tomada individualmente ,quando cada um chega ao local do acidente .Naquele momento ,já tendo pago o preço da curiosidade ,a maioria dos motoristas – mesmo os que estão com pressa – opta por pisar no freio”. 

Muitas de nossas decisões são tomadas a partir de equações econômicas que não chegamos a perceber ,mas que usamos com facilidade .Contudo ,mesmo as formulações técnicas mais engenhosas têm suas limitações .A pergunta sobre os ovos brancos e os vermelhos não recebeu qualquer resposta satisfatória .Mas é melhor assim ,pois um dos grandes prazeres do ser humano é encontrar suas próprias explicações ,valendo-se para tanto de todos os tipos de informação . 

O saber é universal e aqueles que são sábios e competentes agregam ao conhecimento um tanto de sensibilidade e de imaginação .Quanto aos ovos vermelhos ,arrisco um palpite para muitas pessoas ,pagar pelo produto mais caro é apenas uma prazerosa e estranha demonstração de poder .

Fiquem com Deus .Uma ótima semana e um grande abraço ,Alex .




domingo, 12 de junho de 2011

QUAL A BOLA DA VEZ ???



Os tempos que estamos vivenciando são de correria, de hiper-atividade, de procura desesperada por prazeres, de concorrência e de medo. 

A correria, por cada um estar “querendo se globalizar mais que os outros”; a hiper-atividade, pela busca desesperada para se alcançar os objetivos pessoais rapidamente; a procura incontida por prazeres, porque, pelo visto, o prazer, especialmente sexual de alguns, está se esvaindo mesmo dia a dia, exigindo incontrolável criatividade. 

O medo, por todas as inumeráveis razões pelas quais a sociedade vive amedrontada. Sim, estamos falando de leis e seus tempos. O projeto e a causa da pauta de nossos legisladores e juizes agora é o medo:“Está decretado o não medo”. A dita lei versa sobre “homofobia”.

Tanto alarde, tanta ênfase sobre a homofobia, parece que este é o pior problema do jovem no Brasil. O que é isto? Quantos jovens sofrem preconceito racial? Social? Quanta violência existe por causas outras? Será que todos estão cegos? Surdos?

As bebidas alcoólicas são iniciadas aos 13 anos, nas baladas e festas, a cena degradante de jovens embriagados, caídos, carregados por outros; o futuro de um país afogado e entorpecido. Os jovens usam drogas como se fosse permitido, em nome de uma lei que descriminaliza o usuário. Mas o que é isso? Jovens alcoolizados estão morrendo nas estradas, e matando também. 
O material “didático” anti-homofobia custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos! Quanto se investe em material didático sobre os danos do álcool? Quantos abordam as drogas? Não estou falando só do crack, cocaína ou óxi (todas derivadas do pé de coca, mas poucos sabem disso). Falo também da maconha, que desmotiva o jovem e pode induzir sintomas psicóticos. 
Mas o que acontece afinal? Nossos eleitos estão preocupados com a homofobia?Esta questão tem seu mérito, mas perde força frente à gravidade das drogas. Se saímos à noite, vemos jovens usando drogas nas calçadas, no pátio das escolas, parece que é permitido. Assistimos a isto de camarote, indignados pela falta de critério dos parlamentares; as drogas e o álcool batem à nossa porta como uma assombração, e a bola da vez é a homofobia. 
Por que os efeitos do álcool e drogas não estão nos livros didáticos? Por que os alunos estudam botânica, fisiologia humana, química, física... mas não estudam as ações das drogas no organismo? Se a situação está à beira do caos, é porque eles simplesmente não sabem o que fazem. Se o material didático abordasse os efeitos das drogas de forma simples e clara, quantos jovens evitariam tal situação? Se o material educativo anti-homofobia foi elaborado com o fim de “educar para prevenir”, por que isto não foi pensado para evitar o abismo das drogas? 
Nesta hora de indignação, penso em outras fobias da vez: parlamentarofobia, politicagemfobia, ou outra fobia qualquer. Mas o problema das drogas está aí, e não é dos outros, é meu é seu, e também deles, que arbitram e criam as leis.


sábado, 4 de junho de 2011

EM RESPEITO AO IDOSO !!!



Você tem um idoso em sua família?

Qual o grau de convivência e responsabilidade presente na relação entre você e esse idoso?

A família é definida como um grupo enraizado numa sociedade e tem uma trajetória que lhe delega responsabilidades sociais. Especialmente perante o idoso, a família vem assumindo um papel importante e inovador, na medida em que o envelhecimento acelerado da população é um processo recente e ainda pouco estudado pelas ciências sociais.

A Constituição Federal de 1988, apresenta a família como base da sociedade e coloca como dever da família, da sociedade e do Estado “amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida”.

Neste sentido, cabe aos membros da família entender essa pessoa em seu processo de vida, de transformações, conhecer suas fragilidades, modificando sua visão e atitude sobre a velhice e colaborar para que o idoso mantenha sua posição junto ao grupo familiar e a sociedade. 

Aqui cabe uma primeira indagação: Como os filhos, de uma maneira geral acostumados a serem cuidados e dependentes dos pais por bons anos de suas vidas, num dado momento passam a experimentar uma inversão nessas relações quando os pais começam a necessitar de atenção e ajuda? Com as fragilidades que muitas vezes acompanham o processo de envelhecimento é comum surgirem conflitos entre os filhos quando a situação dos pais passa a lhes exigir novas responsabilidades e cuidados.

Na realidade, a família precisa de um período de adaptação para aceitar e administrar com serenidade a nova situação, de forma a respeitar as necessidades dos pais e evitar que se sintam um fardo pesado para os filhos. Daí a importância do idoso concentrar esforços para , nos mais diversos sentidos, não se entregar à inatividade evitando o mais que possível o sentimento de dependência da família que tanto aflige o idoso.

Percebesse que os idosos carregam a expectativa de receberem atenção e cuidados dos filhos e netos no momento em que perderem ou tiverem suas capacidades diminuídas, sendo este um fantasma constante a perseguir e preocupar os mais velhos.  
   
A dependência entre as gerações ,se revela de duas maneiras distintas: de um lado a dependência material dos filhos que por precisarem cada vez mais e por mais tempo da proteção dos pais, não hesitam em aceitá-la, até por entenderem como obrigação. Do outro lado a dependência emocional dos pais, fruto do modelo familiar estabelecido. Neste modelo a família é entendida como uma forma natural de organização da vida coletiva, uma instituição estável da sociedade, sendo a união entre seus membros a principal responsável pela integração e harmonia da vida familiar.
            
Essa dependência se caracteriza, num verdadeiro acordo uma negociação na qual os pais acalentam a expectativa de obter no momento que necessitarem a retribuição pela dedicação oferecida à família.

A família brasileira do terceiro milênio está cada vez mais distanciada do modelo tradicional, no qual o idoso ocupava lugar de destaque. Estamos vivendo  um importante período de transição e mudanças, no qual se faz necessário o entendimento das transformações sociais e culturais que vem se processando nas últimas décadas, para enfrentarmos o nosso próprio processo de envelhecimento dentro de expectativas condizentes com as novas formas de organização familiar. 

No entanto, qualquer que seja a estrutura na qual se organizará a família do futuro, há a necessidade de se manterem os vínculos afetivos entre seus membros e os idosos. Nesta fase da vida, o que o idoso necessita é sentir-se valorizado, viver com dignidade, tranqüilidade e receber a atenção e o carinho da família.

Fiquem com Deus ,uma ótima semana e um grande abraço ,Alex .

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